Os
resultados gerais da pesquisa Agenda Juventude Brasil 2013 foram
apresentados em Brasília, no dia 8 de agosto. O evento foi coordenado pela
Secretária Nacional de Juventude, Severine Carmen Macedo, e contou com a
participação de Regina Novaes, pesquisadora do CNPq (Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Helena Abramo, coordenadora-geral de
Políticas Setoriais da SNJ, Gustavo Venturi, coordenador da pesquisa, e Anna
Luiza Salles Souto, coordenadora da área de Juventudes do Instituto Pólis e uma
das consultoras dessa pesquisa. O lançamento dos resultados da pesquisa contou
ainda com a presença do secretário-geral da Presidência da República, Gilberto
Carvalho.
O estudo
sobre perfil e opinião dos jovens brasileiros de 15 a 29 anos revela haver
um interesse dos jovens pela política. Anna Luiza, que no evento comentou
os dados referentes à percepção sobre a política e à
participação dos jovens, diz que um dado que chama a atenção é que 54% dos
entrevistados consideram a política "muito importante". E outros 29%
a consideram "mais ou menos importante". Apenas 16% consideram a
política "nada importante".
Quando
convidados a apontar duas formas de atuação que podem ajudar a mudar ou a
melhorar as coisas no Brasil, 45% acreditam que a "participação em
mobilizações de rua e outras ações diretas" seja uma delas. A
esse dado, por si só revelador, se somam 44% de menções à “atuação em coletivos
que se organizam em torno de uma causa” e 35% à “atuação em conselhos,
conferências, audiências e outros canais de participação desse tipo”. Outros
34% incluem a atuação via “internet, opinando e cobrando políticos e
governantes” e 30% referem-se à "atuação em partidos políticos" como
forma de ação política potente para melhorar as coisas no país.
"Num
quadro em que é visível o desgaste da imagem dos parlamentares e em que um dos
gritos dos manifestantes em frente ao Congresso Nacional foi "vocês não
nos representam", acho bastante positivo que 30% dos jovens reconheçam que
os partidos políticos são importantes para a vida democrática. Na pesquisa,
fica claro que quase 1/3 dos jovens fazem a distinção entre a figura
dos políticos, cujas práticas são no mais das vezes condenáveis, e os partidos
enquanto institucionalidade inerente ao sistema político democrático ",
diz Anna Luiza.
Outro
dado interessante, já mapeado em estudo anterior, refere-se à participação
em associações, entidades e grupos: 46% dos jovens já participaram ou participam
atualmente de algum dos coletivos listados pela pesquisa e 39% manifestaram
"nunca ter participado de entidades ou grupos, mas gostaria de
participar".
“Ou seja,
ainda que mais da metade dos jovens entrevistados mencione nunca ter
participado de organizações e associações, há um potencial latente de
participação entre os jovens. Muita gente ficou surpresa com a presença dos
jovens nas ruas, nas chamadas jornadas de junho, mas os dados da pesquisa falam
por si. Nunca é demais lembrar a imagem negativa da juventude brasileira,
veiculada sobretudo pela imprensa tradicional, que costuma classificá-la
repetitivamente como consumista, individualista, apática, composta por pessoas
'nem aí com nada'. Talvez por isso tamanha surpresa", diz Anna Luiza.
Leia aqui
um resumo da pesquisa: http://participatorio.juventude.gov.br/file/download/26191
Fonte:
Instituto Polis
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