Em tempos de reflexão da Consciência Negra, no dia 19 de Novembro, se deu posse o Conselho Municipal de Igualdade Racial e Diversidade Étnica em Angra dos Reis. A cerimônia de posse dos conselheiros se deu na Casa Laranjeiras, situada na Praça Zumbi dos Palmares no Centro de Angra.
O nosso mandato se sente muito honrado por termos sido empossado com uma cadeira nesse Conselho representando a Câmara de Vereadores de Angra dos Reis até por termos um único vereador negro daquela Casa.
O conselho tem como finalidade propor, em âmbito municipal, políticas de promoção da Igualdade Racial com ênfase na população negra e outros segmentos raciais e étnicos da população brasileira. Além do combate ao racismo, o conselho tem por missão propor alternativas para a superação das desigualdades raciais, tanto do ponto de vista econômico quanto social, político e cultural, ampliando, assim, os processos de controle social sobre as referidas políticas.
A criação desse Conselho tem como projeto base a lei de autoria ex-vereador Cordeiro que teve um mandato combativo e defensor das comunidades tradicionais em Angra dos Reis. O nosso mandato deu continuidade a essas discussões por entender a importância dessa política, e isso resultou junto com o governo municipal que possibilitou a instituição efetiva desse fórum.
A luta não acaba aqui, pois esse Conselho está ligado à Secretaria de Governo, mas temos que avançar ainda mais com a criação da Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial, que vai efetivar as políticas públicas demandadas por esse fórum de discussão, podendo assim garantir inclusive a vinda de recursos ao município para a implementação das políticas afirmativas da questão da promoção da igualdade racial e combate ao racismo.
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
terça-feira, 18 de novembro de 2014
Consciência Negra
Novembro é o mês da Consciência Negra, nos trazendo muitas reflexões sobre a a trajetória de luta dos negros no Brasil. Mas por que Consciência Negra? A relação entre novembro e a conscientização do movimento negro no Brasil remonta ao sequestro de milhares de africanos para trabalhos forçados no Brasil, mais especificadamente com a instituição e destruição do Quilombo dos Palmares, região onde muitos negros escravizados que escaparam de seus senhores construíram uma comunidade que chegou a abrigar mais de 20 mil pessoas, com quase 100 anos de resistência. O último líder do Quilombo dos Palmares foi Ganga Zumba (conhecido como Zumbi, que era um título) cuja morte ocorreu em 20 de Novembro de 1695, após a invasão do quilombo por tropas portuguesas.
A instituição da Consciência Negra deu-se em 1978, em um congresso do Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial, que se utilizou da data da morte de Zumbi para rememorar a luta dos povos negros e trazer a consciência do legado de resistência destes, na busca de extinguir as marcas que a escravidão deixou na sociedade brasileira, como as desigualdades sociais e o racismo.
Com o 20 de Novembro a data de 13 de Maio (abolição da escravatura) ficou em segundo plano em relação à figura dos negros no Brasil. O fim da escravidão foi muito importante, mas não proporcionou verdadeira liberdade e autonomia aos negros libertos, que não tiveram acesso a trabalho e a outros direitos sociais, ficando à margem da sociedade.
Por mais um 20 de Novembro, nos conscientizemos da luta e resistência dos povos negros, abrindo nossas mentes para assumirmos e desconstruirmos nosso racismo, apoiando e defendendo ideais que corrijam as injustiças históricas cometidas em três séculos de escravidão, que ainda perduram e se manifestam como desafio!
A instituição da Consciência Negra deu-se em 1978, em um congresso do Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial, que se utilizou da data da morte de Zumbi para rememorar a luta dos povos negros e trazer a consciência do legado de resistência destes, na busca de extinguir as marcas que a escravidão deixou na sociedade brasileira, como as desigualdades sociais e o racismo.
Com o 20 de Novembro a data de 13 de Maio (abolição da escravatura) ficou em segundo plano em relação à figura dos negros no Brasil. O fim da escravidão foi muito importante, mas não proporcionou verdadeira liberdade e autonomia aos negros libertos, que não tiveram acesso a trabalho e a outros direitos sociais, ficando à margem da sociedade.
Por mais um 20 de Novembro, nos conscientizemos da luta e resistência dos povos negros, abrindo nossas mentes para assumirmos e desconstruirmos nosso racismo, apoiando e defendendo ideais que corrijam as injustiças históricas cometidas em três séculos de escravidão, que ainda perduram e se manifestam como desafio!
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